Fartinho. Sim sim. Cansaço e tormentas que me tem alimentado dia apos dia. Cansei. cansei da monotonia, do cinzento, do escuro da minha alma. Quase terminaram os testes, oh quase! o stress vai diminuindo aos poucos... hummm vou abrir a caixa dos lápis de cor, marcadores, lapis de cera, latas de tinta! Vou pintar um grande arco iris ponta a ponta do meu ser. Cobrir de energia o corpo, e deixar respirar alegria, alimentar cada célula do corpo de euforia. Pintar. So me apetece pintar, só me apetece pintar! Oh ya! Borratar cores, misturar cores, traçar linhas e rabiscos eufóricos no momento, sem régua ou compasso, apenas cores. No fim até pode parecer ridiculo, demasiado colorido, cores demasiadamente fortes, demasiadamente feio! Ahh mas é o desenho do momento.. mas é viver o momento e ser a eterna fuga da fugaz vida, e a procura da eterna não atingivel plena felicidade! Imaginar-me na infância e borrar as mãos de tinta, fazer da roupa a paleta da experiência! O skip não lava? Lava pois tá claro! Do azul faço a tranquilidade, do laranja a amizade, ahhhh que êxtase. Já o sinto! Verdes as cores com que pinto a criança que em mim existe, e a esperança vem em verdes claros tons que iluminam o céu. O amarelo é o sol que faz sorrir e brilha dentro de mim, do violeta faço um jardim de água fresca que percorre o vermelho dos peixes, da paixão da cor ardente que transmite, o quente verão que se aproxima! Na luz. minha alma é equilibrista e nas cores quero que se mantenha.

Talvez não te tenhas apercebido, que ao longo deste tempo, te tornaste numa pessoa essencial. Daquelas pessoas que marcaram minha vida positivamente. Das poucas pessoas inclusivé que neste meio académico me trouxeram algo de bom, e que me tem acompanhado, nas horas felizes, e nos momentos mais dificeis e frustrantes. Tem sido do teu lado que tenho passado todos eles, e sempre me tens ajudado, estando eu do lado oposto para te dar o ambro sempre que precisas. Nem sempre é facil entender o porquê, ou a causa de laços tão fortes que se estabelecem vindos do nada. Nunca tivemos aquelas conversas de horas a fio ou discussões acesas sobre temas da actualidade, mas para quê.. nunca foi necessário, sempre estivemos um ao lado do outro, estabecemos um laço forte na companhia um do outro, muitas vezes sem trocar uma palavra. Relembro... aquela semana dura de estudo para Administrativo, onde nos acompanhamos um ao outro, até nas páginas que liamos por dia. Recordo... o momento em que soubemos que aquela semana nos valera um mísero 10 na pauta para cada um, e na alegria repetina que nos atravessou a alma naquele momento. O abraço que demos. Senti-o, não por ter conseguido fazer uma cadeira, mas porque a fiz contigo! Não teria o mesmo sabor se não o tivesses também conseguido. Como estes outros tantos momentos, para Reais, admirei a tua força e senti-me orgulhoso por teres conseguido, renasceste como a fénix, e do nada conseguiste alcançar mais um êxito. Estes momentos fazem-me chorar. Porquê? porque vejo que ultimamente te tenho perdido. E não mais me acompanhas. Tenho-me sentido um pouco sozinho nesta caminhada árdua, mas tenho conseguido seguir e continuar com pequenas conquistas. Pequenas, porque não mais as posso partilhar contigo. Era suposto olhares para mim, e sentires-te orgulhosa, e com a força necessária para voltares a caminhar do meu lado. Porque eu sei que mais tarde ou mais cedo, sozinho também as minhas forças se vão esgotar. Interpretaste as coisas de forma errada. Sinto-me triste, e gostava de te poder abraçar mais vezes, e te poder dizer o quanto estás errada.
Competir contigo? Nom bom sentido. és de tamanha importância para mim. Já o disse, e digo-o de novo, seria um prazer ter-te do meu lado como finalista, e poder dizer que cheguei ao fim, não sozinho, mas contigo. Só assim as coisas valem a pena. Adoro-te miúda*


De um lado para o outro. rebolo na cama, cama grande e quadrada. rebolo e dela nao caío. Perco o sentido do lado em que me encontro, perco o sentido das horas que me norteiam os dias. não as noites. Levanto-me. vou á janela. Lá fora chove, e com a chuva vem uma brisa fria, fria a noite sem luar. Chuva, tão certinha no seu compasso, tão metódica balada que acompanho. ahh que maravilhas fazes á alma. sabe bem olhar-te, sabe maravilhosamente bem! escutar-te.. ver-te a bater com força nas pedras da calçada. Fazes-me companhia, nesta noite desprovida de qualquer luz estrelar, nesta noite vazia. deixo-me levar. sou catapultado para outras dimensões, tele transporte da vontade e zás! - trespasso-te de lés a lés, gotas que caem, agora não na pedra da calçada, caem em mim. A alma está limpa. Nesta noite sem luz, sem pensamentos. apenas eu e a chuva, na minha janela.

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